A pressão atmosférica é definida como o peso exercido por uma coluna vertical de ar sobre a superfície. A pressão média, ao nível do mar, é admitida como sendo 1.013,25 hPa (Hectopascal) ou 1 AT (Atmosfera). Verticalmente, nas camadas inferiores da troposfera, a pressão decresce, em altitude, em média, à razão de 1 hPa a cada 9 metros.
A unidade de medida da pressão atmosférica é o hectopascal (hPa), que substituiu a antiga milibar (mb), em homenagem a Pascal, cientista que, pela primeira vez demonstrou a influência da altitude na variação da pressão. O instrumento que mede a pressão é o barômetro, e o que registra é o barógrafo ou o microbarógrafo.
VARIAÇÃO DE PRESSÃO:
• DIÁRIA – Na região intertropical, devido a alterações dos valores diurnos e noturnos de temperatura e umidade, ocorre, em situações de tempo relativamente estável uma “maré barométrica” com pressões mais elevadas às 10 e 22 horas e menores às 04 e 16 horas. A “maré barométrica” pode não ocorrer, por exemplo, quando na presença de um sistema frontal ou linha de instabilidade no local.
• DINÂMICA – de acordo com os deslocamentos das massas de ar/sistemas (frentes). Ex.: Se uma massa de ar mais fria ou mais seca se desloca para uma determinada região, a pressão aumenta e, se uma massa de ar mais quente ou mais úmida se desloca, haverá a diminuição da pressão atmosférica à superfície.
• ALTITUDE – a pressão varia inversamente com a altitude. Um local situado ao nível médio do mar apresenta, em relação a outro local próximo, situado a uma altitude mais elevada, pressão atmosférica maior. A pressão diminui com a altitude, pois há a diminuição da coluna
de ar, tornando-se o ar cada vez mais rarefeito. Os valores de pressão obtidos em locais com altitudes diferentes, antesde serem comparados, são convertidos ao nível médio do mar (NMM), aplicando-se a correção correspondente à altitude de cada um deles. Linhas que unem pontos de igual pressão em uma carta sinótica chamam-se isóbaras. Zonalmente e em macro-escala, a distribuição das pressões obedecem ao seguinte esquema, mostrado na figura 16, em ambos os hemisférios:
• latitude zero = baixas pressões;
• latitude 30º = altas pressões;
• latitude 60º = baixas pressões;
• latitude 90º = altas pressões.
Os maiores desertos do mundo (África, EUA, Austrália, Índia etc.) ficam sob os cinturões de altas pressões (latitudes de 30º), inibindo a formação de nuvens e precipitação. As áreas de baixas pressões (ciclônicas) apresentam, via de regra, maiores totais pluviométricos, situando-se nas latitudes próximas de 0º e 60º. Na região equatorial predominam as grandes florestas equatoriais e tropicais e na faixa de 60º de latitude se formam a maior parte dos sistemas frontais e ciclones extratropicais.
SISTEMAS DE PRESSÃO
ALTA PRESSÃO – denominado anticiclone, mostra pressões maiores em direção ao centro e circulação divergente (sentido horário no hemisfério norte e antihorário no hemisfério sul). Associa-se normalmente com tempo estável devido à subsidência (descida) do ar.
BAIXA PRESSÃO – denominado ciclone, apresenta pressões menores em direção ao seu núcleo e circulação convergente (sentido anti-horário no hemisfério norte e horário no hemisfério sul). Associa-se usualmente com tempo instável devido à confluência e ascensão dos fluxos de ar, formando nuvens de desenvolvimento vertical.